Uma organização doa US$ 1 milhão para a Parada Gay em Gaza.

A nova campanha de tolerância desafia grupos LGBTQ que defendem a Palestina a realizar eventos em locais onde a homossexualidade é reprimida.

A New Tolerance Campaign (NTC) ofereceu um milhão de dólares para que qualquer grupo LGBTQ organize uma Parada do Orgulho na Cisjordânia ou em Gaza. A oferta feita nesta segunda-feira, 16 visa movimentos como “Queers for Palestine” (Homossexuais pela Palestina), que surgiram após os ataques do Hamas a Israel em outubro.

Embora esses grupos afirmem defender a causa palestina, a homossexualidade é considerada tabu nos territórios palestinos e os gays e transgêneros enfrentam perseguição e violência. O Sr. Gregory T. De acordo com Angelo, presidente da NTC, o desafio é um “alerta” para aqueles que apoiam causas LGBTQ na Palestina. “Não é uma piada ou uma manobra publicitária”, afirmou, enfatizando que a oferta é verdadeira.

Angelo afirma que o objetivo da proposta é ilustrar as circunstâncias nos territórios palestinos, onde “não há discussões” sobre proteção legal para a comunidade LGBTQ ou casamento entre pessoas do mesmo sexo, em contraste com as garantias legais oferecidas nos Estados Unidos.

A campanha, que já recebeu financiamento, será divulgada por meio de outdoors em universidades e na sede da campanha de direitos humanos. O objetivo é encorajar organizações de direitos humanos a defender os direitos LGBTQ nos países árabes e territórios palestinos.

Além disso, Angelo enfatizou a diferença nos direitos: “Nos Estados Unidos, temos proteções legais, enquanto em Gaza, os direitos LGBTQ são praticamente inexistentes”.
Yahya Sinwar: As acusações de crimes sexuais e sua influência no Hamas

Yahya Sinwar, o líder do Hamas na Faixa de Gaza atualmente, está sendo acusado de graves crimes sexuais, como abuso, estupro e pedofilia. Sinwar teria sido acusado por outros membros do Hamas e teria dividido celas com eles durante mais de 20 anos em prisões israelenses antes de ser liberado em 2011 como parte de uma troca de prisioneiros.

De acordo com os relatos, Sinwar teria cometido esses atos contra presos palestinos enquanto estava preso. Sua ascensão a cargos de liderança no Hamas, onde se consolidou como uma figura central e controversa, levou à aparição dessas acusações. O principal culpado pelos ataques coordenados contra Israel, ocorridos em 7 de outubro de 2023, é Sinwar.

Além de suas acusações de crimes sexuais, os Estados Unidos têm designado Yahya Sinwar como terrorista global desde 2015. Devido à sua participação nos ataques de outubro, ele também é alvo de recentes acusações criminais nos Estados Unidos.

A complexidade política e social de Gaza é demonstrada pelo fato de que Yahya Sinwar e o Hamas mantêm uma base significativa de apoio em Gaza, apesar de essas acusações graves e de sua reputação violenta.
Ainda existem países que penalizam a homossexualidade severamente.

Embora muitos países tenham avançado na defesa dos direitos LGBTQ, a homossexualidade continua sendo considerada um crime em vários países, com punições que vão da prisão à morte. Esses países estão principalmente localizados no Oriente Médio, África e Ásia, onde normas culturais conservadoras e crenças religiosas fomentam a homofobia.

Atualmente, mais de 60 países proíbem as relações homossexuais, sejam entre homens ou mulheres, de acordo com a International Lesbian, Gay, Bisexual, Trans and Intersex Association (ILGA). Em países como Arábia Saudita, Irã e Catar, a homossexualidade é considerada um crime grave no Oriente Médio. A lei desses países geralmente se baseia na interpretação rígida da sharia, a lei islâmica que prevê punições severas, incluindo às vezes a pena de morte.

Mais de 30 países na África têm leis que proíbem as relações entre pessoas do mesmo sexo. Em 2023, por exemplo, Uganda aprovou uma lei ainda mais severa contra a homossexualidade que impõe penas de prisão perpétua e, ocasionalmente, morte. Outras nações, como Nigéria e Somália, seguem.

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