Norma aprovada pelo Vaticano autoriza homens homossexuais a se candidatarem ao sacerdócio.

Decisão tomada no final de 2024 altera normas estabelecidas em 2016.
O Vaticano aprovou uma diretriz que permite a admissão de candidatos gays em seminários. A Conferência Episcopal Italiana (CEI) compartilhou a informação através de um documento de 68 páginas publicado nesta quinta-feira (9), aprovado pela 78a Assembleia Geral da entidade, que ocorreu em Assis em novembro de 2023.

As normas de celibato e a oposição à “cultura gay” continuam rigorosas. As normas são aplicáveis somente na Itália e serão postas em prática de maneira experimental por um período de três anos.

O documento afirma

O texto destaca a relevância de não limitar a escolha profissional apenas à orientação sexual, considerando a complexidade de cada candidato. A orientação é que as inclinações homossexuais dos postulantes ao sacerdócio sejam percebidas mais como um traço de personalidade.

Em relação às tendências homossexuais durante a formação, é importante não limitar a análise apenas a esse ponto, mas entender sua relevância no contexto geral da personalidade do jovem.

Conferência Episcopal Italiana

O texto sustentou posições severas acerca de comportamentos e ideologias. Não aceitaremos práticas homossexuais, candidatos com fortes tendências ou que apoiam ativamente a “cultura gay”. Logo, homens gays castos e atentos às regras poderão participar dos seminários.

Alteração das diretrizes de 2016

A nova orientação altera uma das normas estabelecidas em 2016, que impediam totalmente homens com “tendências homossexuais profundamente arraigadas” de se tornarem sacerdotes, conforme indicado no documento anterior. Agora, a avaliação do candidato será abrangente.

De acordo com o Magistério da Igreja, apesar de respeitar profundamente as pessoas envolvidas, a Igreja não pode aceitar no Seminário e nas Ordens Sagradas aqueles que praticam a homossexualidade, possuem tendências homossexuais profundamente arraigadas ou apoiam a chamada cultura gay.

Arquivo de 2016

A decisão representa uma tentativa de ajustar as regras da Igreja Católica à modernidade e às mudanças sociais, sem contudo renunciar aos seus princípios conservadores. Esta alteração será examinada nos anos vindouros.

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