Florianópolis lidera número de casos de Mpox em Santa Catarina em 2024

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC) confirmou que Florianópolis lidera o número de casos de Mpox no estado em 2024, com sete dos 14 casos registrados no período, o que faz a Capital concentrar metade das ocorrências da doença. Apesar da queda expressiva de casos em comparação aos anos anteriores, Florianópolis está sem vacinas para Mpox.

Os sintomas da Mpox incluem, em geral, erupções cutâneas ou lesões de pele, linfonodos inchados (ínguas), febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza
Os sintomas da Mpox incluem, em geral, erupções cutâneas ou lesões de pele, linfonodos inchados (ínguas), febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza – Foto: Brian Mahy/CDC/Divulgação/Floripa.LGBT

Todos os 14 casos confirmados no estado este ano ocorreram em homens, com idades variando entre 20 e 59 anos, de acordo com a Dive/SC. Entre eles, a faixa etária de 30 a 39 anos foi a mais afetada, correspondendo a 42,9% das ocorrências.

Florianópolis, com sete casos confirmados, lidera o número de casos, seguida por Itajaí (4 casos), Joinville (1), Balneário Piçarras (1) e São José (1).

Cidade enfrente falta de vacinas, apesar do aumento de casos de Mpox

Conforme a Dive/SC em reportagem publicada no Floripa.LGBT no final de setembro o estado conta com apenas 76 doses disponíveis, que estão sendo destinadas exclusivamente para casos pós-exposição, dada a escassez de vacinas. Florianópolis, mesmo liderando os casos, não recebeu doses específicas.

As orientações de prevenção da Dive incluem:

  • Todas as pessoas que apresentam sinais ou sintomas sugestivos de mpox devem realizar isolamento domiciliar. A medida de isolamento objetiva a separação de pessoas doente, de maneira a evitar a propagação do vírus e transmissão da doença para outras pessoas;
  • Desinfeção de superfícies contaminadas com 0,5% de hipoclorito de sódio ou outros desinfetantes de alto nível;
  • Objetos utilizados pelo paciente devem ser lavados com água quente e detergente;
  • Limpeza das mãos regularmente com água e sabão e posteriormente utilização de álcool 70%;
  • Recomenda-se o uso de preservativo por pelo menos 12 semanas após a cura da doença, uma vez que foi encontrado vírus viável em secreções genitais neste período;
  • Reduzir o número de parcerias sexuais, incluindo parceiros casuais pode ajudar na prevenção.

Como ocorre a transmissão de Mpox?

A transmissão da Mpox ocorre, principalmente, por meio do contato direto com lesões de pele, erupções cutâneas, crostas ou fluidos corporais de uma pessoa infectada.

O contato indireto com superfícies e objetos contaminados também pode resultar em infecção. Além disso, a Dive alerta para a possibilidade de transmissão por secreções respiratórias em contatos mais próximos e prolongados.

Embora a Dive/SC não tenha detalhado as circunstâncias específicas de cada caso, as autoridades reforçam a importância de medidas de prevenção e monitoramento, especialmente entre a população mais vulnerável.

* Sob supervisão de Danilo Duarte

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