Estrutura para políticas LGBTI+ na Prefeitura de Florianópolis muda em 2025

O ano de 2025 mal começou e já entra em vigor a reforma administrativa na Prefeitura de Florianópolis. Entre as mudanças promovidas pelo prefeito reeleito Topázio Neto (PSD) está a transferência da Assessoria de Políticas Públicas LGBTI+ do Gabinete do Prefeito para a Secretaria de Assistência Social.

A mudança, embora pareça algo de menor importância, reflete a redução da visibilidade e da importância política dada à Assessoria de Políticas LGBTI+, já que distancia a ligação entre o prefeito e o principal espaço na estrutura da Prefeitura voltada à comunidade LGBTQIA+.

A atual assessora e ativista LGBTI+, Selma Bastos – conhecida como Selma Light – deve permanecer à frente do cargo, que ocupa desde o primeiro mandato de Topázio. A nomeação dela é aguardada para os próximos dias.

Selma passará a ficar subordinada ao secretário de Assistência Social, que é quem deve dar o aval para a elaboração e execução de políticas LGBTI+ na cidade a partir de agora.

Embora ainda não esteja nomeado, o ex-vereador e ex-deputado estadual Bruno Souza (PL) foi confirmado por Topázio para o cargo. A reforma administrativa promovida por Topázio para seu segundo mandato também serve para acomodar os partidos que o elegeram a garantir o resultado favorável nas urnas, em outubro passado.

Novo secretário já se manifestou contrário a políticas LGBTI+

Com isso, todas as políticas públicas para a comunidade LGBTI+ que partirem da assessoria comandada por Selma Light a partir de agora devem passar pelas mãos de Souza.

No entanto, Bruno Souza – que trocou o Novo pelo partido do ex-presidente Jair Bolsonaro no início de 2024 – tem diversos posicionamentos contrários à comunidade LGBTI+.

Em abril, ele publicou um vídeo criticando a punição anunciada contra a escritora J.K. Rowling e apoiando a transfobia praticada pela autora da saga Harry Potter.

Em 2020, ele condenou o Plano Municipal de Políticas Públicas LGBTI+ de Florianópolis durante discurso realizado no plenário da Assembleia Legislativa.

No ano passado, o ex-parlamentar atacou as cotas para pessoas trans na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), em um vídeo com discurso LGBTfóbico publicado nas redes sociais dele.

@brunosouzasc

COTAS PARA TRANS NA UFSC

♬ som original – Bruno Souza