Identidade e representatividade na HQ “Achados & Perdidos”

Postado por Lorena Freitas

A editora Skript lança a HQ Achados & Perdidos, marcando a estreia do premiado roteirista Mario Oshiro nos quadrinhos. O ProAC/SP apoiou a produção, que apresenta Kenzo, um jovem sem memórias encontrado no metrô de São Paulo.

No sistema, catalogam-no como “B124” e diagnosticam-no com a Síndrome dos Achados e Perdidos (SAP), forçando-o a questionar não apenas onde está, mas também quem realmente é. À primeira vista, ao lado de Pedro, um “perdido” irreverente e divertido, ele embarca em uma jornada de autodescoberta e pertencimento.

Conforme enfrentam um sistema frio e impessoal, a relação entre os dois se fortalece, abrindo espaço para um romance envolvente e repleto de significado. Diante disso, além de oferecer uma narrativa instigante, Achados & Perdidos se destaca pela representatividade.

Então, com um protagonista amarelo e uma forte presença LGBTQIAP+, a HQ aborda identidade, solidão e saúde mental em meio ao ritmo acelerado da vida urbana. Mario Oshiro, um homem gay e descendente de japoneses, insere na obra reflexões que dialogam tanto com sua trajetória pessoal quanto com dilemas universais.

Antes de mais nada, Mario Oshiro é especializado em roteiro para TV, Cinema e Novas Mídias, com experiência como redator e repórter no Japão e na Austrália. Bem como, produziu o rádio-documentário “Futebol-Arte: paixão em preto e branco” e dirigiu o curta “Erro 404”, exibido no Festival Nacional da Bahia.

Sua reportagem “Pimp My Carroça” foi finalista no Concurso de Jornalismo da CNN Internacional. O curta “Cíclico” foi selecionado para o Festival Internacional de Curtas-SP. Participou da oficina de programas de humor da TVT e contribuiu para o argumento da série “Deu Close” no curso de roteiro para série.

No mercado audiovisual, Oshiro foi editor-chefe da agência Nxt e produtor de programas para rádio e TV. Trabalhou na Record Internacional, criando conteúdo televisivo. Venceu o Inquietações SP com o argumento de “Achados e Perdidos em SP” e ganhou o prêmio no NETLABTV com o reality show “Batalha no Prédio”. Coassina a série “Agartha”, em desenvolvimento, e dirige o coletivo Lobo Criativo, dedicado à criação de conteúdo narrativo para múltiplas plataformas e formatos.

Ilustrações

Créditos: Amazon e Linkedin

Dominic Amaral é formada em Design Gráfico pela UFMG e, desde 2016, trabalha com design editorial e diagramação. Ao longo de sua carreira, ela atuou como arte-finalista dos quadrinhos Authentic Games, publicados pela Recreio em colaboração com a Ovelha Negra.

As ilustrações de Dominic Amaral, acima de tudo, se tornam fundamentais para a construção da atmosfera da HQ. Inspirada em pessoas reais, a artista mineira se dedica a captar expressões faciais e gestos que traduzem as emoções dos personagens. Dessa forma, ela consegue fazer da cidade um elemento vivo dentro da narrativa.

Por fim, ao explorar as emoções e histórias de seus personagens, a obra não apenas oferece um reflexo das diversas realidades sociais, mas também celebra a pluralidade que a sociedade precisa reconhecer e abraçar. Com ilustrações poderosas e uma narrativa envolvente, a obra é um exemplo de como a arte pode ser um meio eficaz de promover inclusão e compreensão.

Fonte: GeekPopNews

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