Refugiados gays na França enfrentam trajeto burocrático e longo

Muitos refugiados LGBTQ+, ao deixar seus países devido à sua orientação sexual ou identidade de gênero, almejavam finalmente viver em liberdade. No entanto, mesmo com progressos na França para esses grupos, as constantes mudanças na política de imigração enfraquecem trajetórias já caracterizadas pela continuidade da discriminação contra indivíduos LGBTQ+.

Djimmy, usando uma camisa preta apertada, inicia a narração de uma história que já relatou várias vezes desde o começo de sua jornada. “Desde a infância, sou gay, mas sempre ocultei isso da minha família, da sociedade e da religião muçulmana”, esclarece ele com uma voz serena. Ele narra os anos em que viveu com uma “máscara”, chegando até a aceitar uma noiva. A vergonha de ser detido pela polícia ao lado do seu namorado, um cirurgião de renome. Finalmente, a decisão de partir, mesmo com o receio de perder tudo, no dia do seu 40o aniversário, após mais uma pressão familiar: “Eles diziam que eu terminaria como um cachorro, sozinho.”

Da mesma forma que para Djimmy, Patrick, Javier ou Ashley, a França representava uma garantia de independência. Contudo, a trajetória se mostrou uma extensa viagem repleta de desafios. Pois, embora o exílio nunca seja simples, os obstáculos que refugiados gays, lésbicas ou trans enfrentam são ainda mais numerosos. As discriminações e agressões a que estão particularmente sujeitos, intensificam a sua condição de vulnerabilidade e precariedade.

Com Informações RFI, matéria completa aqui

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